Retiro dos Ministros Extraordinários da Palavra
Neste sábado (02/09), tendo como tema “Maria Modelo de fé” ocorreu o retiro espiritual dos ministros da palavra de nossa paróquia. Foram momentos de intensa oração, adoração, reflexão, partilha, de encontro com o Eu interior e com Deus.
Nos 07 dias que antecederam o encontro, nossos ministros já preparavam seus corações com orações. A equipe dinamizadora preparou orações diárias que eram disponibilizadas dia a dia.
Neste ano, tivemos a assessoria do padre Padre Francis Tadeu de Oliveira Mistrelli e a presença do nosso pároco Padre Paulo e do diácono Isael.
Ao final do retiro foi rezado o terço meditado e o encerramento se deu com a Santa Missa às 19h na Comunidade Matriz.
Momentos como estes ajudam no fortalecimento e prática da fé, bem como no exercício ministerial dentro e fora da Igreja.
Ministro Extraordinário da Palavra, suas funções, vestes e lugar da Presidência:
“A Eucaristia é, por excelência, a celebração do dia do Senhor. Muitas comunidades não podendo, porém, celebrar a eucaristia, por falta de presbítero, se reúnem e celebram os mistérios da fé ao redor da Palavra de Deus e, desse modo, asseguram o sentido do domingo. No Brasil, a falta de padres, a dispersão populacional e a situação geográfica do país impedem que inúmeras comunidades tenham a celebração eucarística aos domingos. De acordo com os dados da CNBB, 70% das comunidades brasileiras se reúnem ao redor da Palavra de Deus”(Guia Litúrgico-Pastoral da CNBB, p. 53).
Mas, por razão de número insuficiente de ministros ordenados, a solução pastoral encontrada tem sido a celebração da Palavra de Deus presidida por um diácono, um seminarista ou um ministro leigo encarregado dessa tarefa. “Pode-se estimar em 70 mil o número das comunidades que realizam aos domingos a celebração da Palavra, na ausência do padre, que aí celebra a Eucaristia somente algumas vezes por ano” (cf. Documento 62 da CNBB nº 39). Graças às celebrações da Palavra de Deus as comunidades persistem e crescem na fé e no compromisso com Jesus Cristo e o seu Reino. Sem elas não teremos verdadeiras comunidades cristãs, e em grande parte, o povo não conservará a fé católica.
“Na tradição cristã, o ministério da Palavra é o primeiro ministério, pois é chamado a suscitar a fé e a educá-la (Rm 10,14-15). Em nosso país, são particularmente numerosas as celebrações dominicais da Palavra, presididas por leigos e leigas que se esforçam por desempenhar esta função na fidelidade ao Evangelho e atendendo às orientações da Igreja e do bispo diocesano” (cf. Documento 62 da CNBB nº 160; Diretório para as celebrações dominicais na ausência de presbítero, da Congregação para o Culto Divino, 10/06/1988; Documento 52 da CNBB, de 1994).
“A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras como o próprio Corpo do Senhor, não deixando nunca, sobretudo na Sagrada Liturgia, de tomar da mesa quer da Palavra de Deus quer do Corpo de Cristo e distribuir aos fiéis o Pão da Vida” (DV 21). Assim como a Eucaristia, a Palavra também é Pão da Vida. É o próprio Cristo com a sua Vida, tanto na Eucaristia, como na Palavra (cf. Jo 6,35-63). Desse modo, “as celebrações da Palavra de Deus não são uma criação das últimas décadas, mas fazem parte da tradição da Igreja. A finalidade destas celebrações é de assegurar às comunidades cristãs a possibilidade de se reunir no domingo e nas festas, tendo a preocupação de inserir suas reuniões na celebração do ano litúrgico e de as relacionar com as comunidades que celebram a Eucaristia” (cf. Documento 52 da CNBB, introdução, p. 06).
Funções
Na ausência de um presbítero, cabe a presidência da celebração da Palavra de Deus a alguém dignamente nomeado ou por ele delegado, pois a presidência litúrgica é exercida em sinal de Cristo-Cabeça da Igreja, que é seu corpo (Ef 1,22-23).
Os diáconos são, portanto, os primeiros indicados para exercer este ministério na ausência do presbítero. No entanto, todo cristão, homem ou mulher, por força do seu batismo e confirmação, pode assumir legitimamente este serviço (cf. Documento de Aparecida nº 211). Portanto, sejam preparados com uma adequada formação os diáconos, seminaristas e ministros leigos e leigas para exercerem essa tarefa litúrgica de presidir a oração da comunidade cristã.
Nos lugares onde se tem o costume dos ministros extraordinários da comunhão eucarística presidirem essa celebração, recebam eles uma formação específica para que sejam investidos particularmente desse ministério.
A função de quem preside a celebração é ajudar o povo a tomar parte de cada ação litúrgica e a viver interiormente o sentido de cada uma delas, não com discurso, mas fazendo bem e colocando alma naquilo que faz. Cada um dos gestos e palavras, tom de voz e atitude de quem preside a celebração da Palavra devem revelar a ternura do Espírito, de quem recebeu o dom para atuar na assembléia de irmãos. É assumir espiritualmente a atitude de Jesus que veio para servir e não para ser servido (Mc 10,45).
Sua tarefa é ser mediador das relações entre Deus e seu povo reunido para celebrar a fé, e articulador entre os ministérios e a comunidade celebrante, fazendo das pessoas reunidas uma assembléia, uma comunidade ativa e participante, um povo que exerce o seu sacerdócio batismal (1Pd 2,9).
Desse modo, “o papel principal de quem preside é manter viva a relação dialogal entre Deus e a comunidade celebrante, entre os ministérios e a comunidade, entre os vários ministérios entre si” (Guia Litúrgico-Pastoral da CNBB, p. 60).
“Quem preside assume a função de coordenar a celebração. Realiza os ritos próprios da presidência: saudação inicial (sinal da cruz, saudação bíblica e etc); proclamação do evangelho e homilia, e convite às preces; proclamação da ação de graças ou da louvação; convite ao Pai nosso e à comunhão; oração final e bênção” (Guia Litúrgico-Pastoral da CNBB, p. 60).
Que por intercessão de Maria, a Mãe Imaculada, nossos ministros possam se aproximar cada vez mais do Sagrado Coração de Jesus!
Que Deus lhes abençoe!